A LINGUAGEM, O DISCURSO E O MÉTODO – 14/10/2013

A construção de um pensamento lógico, o esforço de estruturação sintática e o empenho no sentido de transmitir a mensagem, coloca o emissor desta, como protagonista principal no propósito de criar no receptor um caráter de aderências às ideias no intuito de dissemina-las a todo o tecido social.
O parágrafo acima, bem como as frases postas, a princípio, parece prescindir de uma estrutura lógica, na sua forma de interpretação mais coloquial. Mas, é este o propósito desta primeira parte do artigo. Expressar um pensamento ou dizer algo fático pode acontecer de diversas maneiras, bastando para tal, utilizar adequadamente as figuras de linguagens. O Estado tem abusado desta prerrogativa, utilizando de forma recorrente e com muita perspicácia este tipo de ferramenta na mídia.
Haja vista, os últimos números divulgados em relação ao PIB, o crescimento econômico previsto para este ano, arrisca-se um prognóstico em 2.3% (2.5% ??) o pior dentre os BRICS (sigla dos países emergentes como: Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) cuja média anual tem sido 3.5%. Em seu recente relatório, o FMI se mostrou profundamente reticente em relação ao Brasil, pela estagnação econômica, crescente déficit da dívida pública, disparidade entre os setores de bens e serviços, dificuldade de investimento e solução dos problemas em infraestrutura, taxa de inflação acima da meta, desconstruindo todo o arcabouço que o antigo ministro da fazenda fixou como teto da meta e ainda, o que eles chamam de contabilidade exótica (eufemismo) praticada pelo banco central.
Tudo isto está acontecendo no atual exercício político. Contudo, (aí, a linguagem se torna metafísica) os efeitos destes percalços embora percebidos não se materializem de forma contundente na população. Primeiro, porque não chegam a tocar o bolso do contribuinte, caso chegue, é de forma muito suave, quase um resvalo. Quando isto acontece, e já aconteceu, basta lembrarmos as movimentações populares ocorridas em junho deste ano, o “Establishment” logo cria uma estratégia de defesa, aceitou e atenderam algumas reinvidicações que de tão difusas, e dispares acabou por favorecer a estratégia dos Governantes, culminando com o problema da espionagem que caiu como uma luva aos propósitos do Governo.
Entretanto, um fato novo acabou de adentrar a cena política, trazendo um pouco mais de luz à plateia, trata-se da fusão ou como estão dizendo a recepção do virtual partido Rede da egressa Marina Silva em composição com o PSB de Eduardo Campos. Quem sabe este fato novo, venha trazer o público para mais próximo do palco, em vez de meros expectadores se tornem coadjuvantes desta peça política. Desta forma, a lógica do discurso, tende a mudar para a lógica clássica ou alética(derivado da palavra grega alethéa ¨verdade¨) onde os argumentos serão verdadeiros, caso haja veracidade dos fatos ou falso, se não verificado na conformidade do que foi escrito. (ALFRED Tarski – a concepção semântica da verdade, SP/UNESP,2007. Apud CARVALHO, Paulo de Barros – Direito tributário, Linguagem e Método.)
Concluindo, a linguagem e o discurso que nos tem sido apresentado, está relacionado a uma metodologia. É preciso estar muito atento ao conteúdo do discurso para entender a sua forma, a carga ideológica subjacente e a que propósito foi ele construído.
Avança Brasil !!!

Dados sobre o autor:
Paulo S.Silvano Oliveira
Graduado em Direito
Extensão em Direito marítimo
Empresário da navegação (onshore, offshore e longo-curso)
“Expertise” em portos – tendo atuado por 10 anos em portos da VALE.
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