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A FÊMEA, A ARTE, OS MITOS – 5/6 – 18/07/2012
RESUMO
Descreve as primeiras fases da vida do Homo sapiens, suas preocupações com a sobrevivência e a reprodução. Observa alterações de comportamentos entre as sociedades, quais sejam: a guerra e a violência. Analisa como surgiram as primeiras aldeias, as primeiras cidades, depois as cidades-estados, e os Estados. Aborda sobre os mitos, caracteriza períodos em que o sexo feminino se encontrava mais próximo do sagrado do que o sexo masculino. Registra escritos de Joseph Campbell, mitólogo americano, sobre os mitos primitivos ocidentais no livro The Masks of God: Ocidental Mythology (1970) e suas divisões.
Palavras-chave: mulher, cultura, mitos, sobrevivência, submissão.
Entender a origem de uma época em que não havia a escrita é buscar em vestígios do passado o alicerce seguro para se apoiar as reflexões que emanam de objetos artísticos encontrados em eras tão longínquas como nove mil e quinhentos anos a.C.
Segundo Muraro (2000, p. 32):
[...] Analisando-se estas peças, bem como esculturas em cerâmica da mesma época, vê-se que o maior número delas representa figuras femininas. Algumas são esculturas de machos, outras figuras assexuadas, mas a enorme maioria representa mulheres de seios grandes e ancas largas, muitas delas bastante gordas, associadas aos cultos de fecundidade. São todas estátuas da Grande Mãe, ou Deusa Mãe, figura da Mãe Terra, aquela que é a Senhora dos Animais, que alimenta e recebe de volta os mortos. Encontram-se estas estátuas em grande quantidade não só na Europa antiga como na América Central e no Extremo Oriente. Deste modo, parece que o culto da Deusa Mãe era universalmente espalhado neste planeta no fim da Era Paleolítica e nos inícios da Idade do Bronze. Contudo, não se deve ver na superabundância destas figuras vestígios de um matriarcado, mas, antes, as principais preocupações das diversas culturas. Ao que parece, esta deveria ser uma exigência de sobrevivência e da continuação da espécie, ambas concentradas na figura feminina, metáfora para a terra fértil de alimento e ela mesma fértil de novas vidas humanas.
Nestas primeiras fases da vida do Homo sapiens, as principais preocupações eram a sobrevivência e a reprodução. Deduz-se daí que continua a centralidade e a dominância do elemento feminino.
A sede de uma sociedade de coletores chama-se Catal Huyuk, cidade mais antiga da Europa, possuía ma cultura altamente desenvolvida, Muraro (2000), diz que nesta cidade havia indústrias de cobre e de chumbo, artesanato de pedra e lindos tecidos. Fabricavam belos objetos utilizados em rituais e no cotidiano familiar. Tal cultura durou de nove a seis mil anos a.C. Arqueólogos que estudaram esta cultura acreditam que as mulheres eram dominantes porque eram enterradas com jóias, espelhos, ao passo que os homens eram enterrados com seus instrumentos de caça.
Miler (1988) estuda sobre a cultura cretense de Minos, que floresceu no segundo milênio antes de Cristo, e, pode ser classificada como semelhantes às citadas anteriormente, uma vez que suas estatuetas são bastante semelhantes às de Catal Huyuk. Esta cultura possuía sistemas de irrigação, drenagem, aquedutos e, sua religião contemplava uma relação altamente igualitária entre os dois sexos. Da Idade do Bronze até o período clássico, o culto dominante era o culto da Mãe Terra. Tal culto, deve ter chegado à Grécia, mas com o advento da agricultura e, com ela a supremacia masculina, o que se deduz é que deve ter sido banido e se tornado clandestino.
Na civilização minóica não havia fortificações, nem pinturas de cenas militares até mil e quatrocentos anos antes de Cristo, quando os aqueus invadiram Creta.
Por volta do quinto milênio a. C. acontece uma alteração de comportamento entre as sociedades, qual seja: a guerra e a violência se instalam. Vários fatores funcionam como desencadeadores da guerra e da violência, a saber:
- Aumento da população;
- Dificuldade para alimentar a população;
- Técnicas obsoletas de agricultura.
Por volta de três mil anos antes de Cristo, surge no Oriente Médio, a agricultura, exigindo trabalho masculino por ser pesado e utilizar escravos.
Assim sendo, os homens assumem agora um trabalho feminino. Com isso, surgem as máquinas pesadas que agilizam o plantio e a colheita. Como consequência da utilização de máquinas na agricultura, o que era cultivado para apenas subsistência passa a gerar o que seria a diferença fundamental e inauguraria novos tempos: aparece o “lucro”.
Surgem as primeiras aldeias, as primeiras cidades, depois as cidades-estados, e os Estados.
A transição é feita e, com elas surgem:
- Escravos;
- Pobres;
- Ricos;
- Sociedade de dominação;
- Não mais de dominância;
- Sociedade de autoridade;
- Não mais de centralidade.
Muraro (2000, p. 35) assevera:
Pela primeira vez, o adultério era chamado de crime, mas apenas para as mulheres. A virgindade era aquilo que distinguia as mulheres que iriam ter uma vida má ou uma vida boa. O enterro dos reis viria a ser acompanhado de sacrifícios humanos. Muros começam a ser erguidos em torno das cidades. Os impérios se sucedem, e com eles os exércitos. Muitas vezes as paisagens ficavam literalmente pintadas de sangue. Suméria, Babilônia, Assíria e o seu culto de terror. E a palavra sumeriana, que no terceiro século antes de Cristo, queria dizer liberdade era amargi, que também significava a volta ao ventre materno, o retorno à mãe.
Uma infinidade de mitos, segundo French (1985), caracteriza períodos em que o sexo feminino se encontrava mais próximo do sagrado do que o sexo masculino. Tais mitos, pouco a pouco foram substituídos por outros em que o sexo masculino se emana do poder.
Joseph Campbell, mitólogo americano, estuda sobre os mitos primitivos ocidentais no livro The Masks of God: Ocidental Mythology (1970) e os divide em quatro tópicos, quais sejam:
- 1º tópico: o mundo é criado por uma deusa sem o auxílio de ninguém.
Como exemplo do primeiro tópico: o mito grego e o mito nagô, originado no candomblé brasileiro. No mito grego, Gea é a criadora primária do Universo, a mãe Terra. Dela nascem todos os protodeuses, Uranos, os Titãs, e as protodeusas, entre elas, Rea – mãe de Zeus. No mito africano (candomblé brasileiro) a mãe de Oxalá e de todos os Orixás é Nana Buruquê, que gera a todos sozinha.
- 2º tópico: tal deusa é associada a um consorte.
As mitologias em reinam as deusas mulheres e que são destronadas por deuses homens., reflete o exemplo do segundo tópico. É o caso da mitoloia sumeriana primitiva, Siduri reinava num jardim de delícias e teve seu lugar tomado por um deus solar. Na epopéia de Gilgamesh, mais tarde, ela não passa de uma criada. Os astecas falam de um mundo perdido, governado por Xoxiquetzl, A mãe Terra. Dela originaram-se os Huitzuahua, os Titãs e os quatrocentos habitantes do Sul (as estrelas). Seus filhos, homens, se revoltam contra ela e ela dá à luz ao deus Huitzilopotchtli, que governaria a todos.
- 3º tópico: um deus macho cria o mundo sobre o corpo de uma deusa.
Exemplos do terceiro tópico são: o mito da criação do mundo por um deus andrógino na Índia e do yin e do yang, dois princípios, quais sejam: feminino e masculino deram origem à mitologia chinesa.
- 4º tópico: um deus masculino cria o mundo sozinho.
Aqui, exemplos são mitos das culturas primitivas e recaem sobre tópicos já analisados, o primeiro e o segundo.
Muitos mitos das sociedades primitivas sobrevivem até hoje e se referem à mulheres que foram destronadas por homens à força ou por astúcia; no Brasil, a cultura munducuru, em que os homens roubaram instrumentos mágicos das mulheres e com eles roubaram o poder.
Campbell (1970) escreve que este é o caso do mito kikuyu, as mulheres eram guerreiras cruéis, poliandras e mais fortes que os homens. Certo dia os homens se juntaram e planejaram tomar-lhes o poder. Agruparam-se, copularam-se com suas mulheres, as quais ficaram grávidas; assim, os homens lhes tomaram o poder, acabaram com a poliandria e instituíram a poligamia.
Tais mitos degradam a mulher politicamente; introduzem a dominação masculina e a torna benéfica e necessária para todos e todas. Com isso enfraquece a mulher e a torna venenosa, impõe-lhe caráter malévolo que ideologicamente a torna também benéfica para todos a sua submissão.
Sendo assim, as novas relações sociais, políticas e econômicas são sacralizadas e, sua transgressão passa ser considerada a origem de todo o mal e pecado.
Muraro (2000), diz que se se analisa o passado através da arte e dos mitos arcaicos, estuda-se hoje, as culturas não patriarcais no mundo atual, que é estruturalmente patriarcal. As mesmas estão em fase de extinção ou estão se aculturando. São antepassadas vivas, testemunhas de um passado que só se conhece por elas e são de extrema relevância, são as culturas de coletores e horticultores que ainda não aderiram ao progresso tecnológico atual.
Profª. Drª. Anna Cecília Teixeira
Diretora do Colégio Americano Vitória.
Gestora Pedagógica do Americano Sistema de Ensino do ES.
Profª. Da Rede Doctum de Ensino