Gestão: “Os desafios das Descontinuidades”. – 24/07/2012

Kick-off: ”As organizações devem estar preparadas para as rupturas e mudanças, porque cada vez mais o valor criado se afastará  das estruturas tradicionais. A crise econômica mundial está provocando de forma pragmática a devastação de métodos, sistemas, processos e métricas, além de criar novas referências para um mercado emergente e de competitividade de alto impacto”. Wolgano N. Messias. 

Como tudo está avançando e por demais interconectado, o impacto da volatilidade atinge todos os mercados com uma imensa velocidade, com efeitos extremamente devastadores, assim como as inovações são beneficiadas nas mesmas proporções. Por essa razão, os negócios em todos os setores estão expostos e devem estar em condições de se organizar, caso sejam afetados por algumas situações oriundas de crises e movimentos de descontinuidades. Penso que, daqui em diante, resiliência será um fundamento determinante, sendo possível praticá-la construindo estruturas flexíveis, contemplando cenários alternativos, tais como, O que faremos caso…? ”Não é futurologia, é estar resguardado, caso haja necessidade de tomarmos novas decisões com melhor qualidade, visando correções para mudanças e preservação do foco.

A verdade é que estamos colidindo de frente neste momento, com uma realidade sobre competitividade de alto impacto, que desnuda todos os escamoteamentos utilizado até agora por empresas privadas, públicas, universidades e as políticas públicas inseridas em todas as afirmações e análises, onde os investimentos em tempo algum foram direcionados para gerar eficiência em pessoas, sistemas e processos voltados para qualidade e produtividade, visando à competitividade do Brasil no mercado internacional. É simples, como isso, o nosso parque industrial está defasado, precisando de socorro, e o nosso governo  investe de forma paliativa para apagar o incêndio. Até quando e quais os resultados? Nosso empresariado ficará sempre na zona de conforto? E a nossa educação? Como será a tratativa da Ciência e Tecnologia? E os nossos produtos e serviços?

A grande maioria do empresariado brasileiro já se conformou com o gap que o Brasil tem em comparação com os países mais inovadores no que se refere à Ciência e tecnologia e desistiu de encurtar este abismo. E um número menor de empresários, está na direção oposta. O grande diferencial entre o Brasil e os inovadores, notadamente o Estados Unidos, para conceber e fazer a Ciência é imenso, onde lá está na cultura do dia a dia das pessoas e em nosso país não. O Brasil precisa de projetos reais e factíveis na área de ciência e tecnologia, visando oferecer ao nosso empresariado condições verdadeiras para investirem de forma permanente e produtiva em busca da competitividade necessária e imperativa para suportar as exigências de um mercado mundial que exibe um forte potencial de competitividade.

Enfim, temos que encarar as verdadeiras razões que estão nos levando para mera condição de competidor seguidor e subserviente, assumindo novas posturas e atitudes de vanguarda, onde se façam projetos que coloquem governo, empresários e pessoas no centro das questões da competitividade, responsabilizando-os pelos efetivos avanços tão necessários para sairmos dessa posição vergonhosa, e ai sim, falarmos com orgulho, que somos competidores qualificados do mundo moderno. Este novo momento está requerendo do governo e do empresariado, a clara definição de quem fará o que, para reestruturar, solidificar  e inserir os nossos produtos e serviços no mercado internacional. Em verdade, será necessário assumirmos a real necessidade de uma reindustrialização, e assim acredito tudo ficará melhor, inclusive o nosso posicionamento no mercado internacional.

ROLL CALL:

A competitividade deve ser sustentada em outros dois pilares:

# O primeiro é a Educação moderna –ou seja, a que fomenta a criatividade e o espírito crítico- para a totalidade da população.

# O segundo pilar é a execução: O Estado deve assegurar que as boas idéias sejam facilmente realizadas, possibilitando, assim, a criação de novas iniciativas empresariais, apoiando, inclusive idéias “ estranhas”.

Autor: Xavier Sala-i-Martin, professor na Columbia University(USA)

OVERVIEW:

O mercado mundial está se reformatando em razão da grave turbulência trazida pela crise financeira da zona do euro, que está tirando o sossego dos governantes do mundo inteiro em razão de sua capacidade de contágio e o poder de destruição. O governo está tentando restabelecer sua relação com o empresariado que ainda não confia em nossa  classe política. É preciso que todos entendam que o mercado é global, porém existem dentro deste contexto os paradoxos que são latentes quando analisamos situações de países como a China, Índia,  Japão, Brasil e outros. Estou querendo dizer que já não podemos mais praticar um único modelo e estratégia global. Entendo que serão necessários modelos variados para situações e estágios diferentes, pois cada país sujeito aos malefícios e benefícios da crise, com certeza possui uma capacidade de resposta em níveis e velocidades diferentes.

No Brasil, a nossa capacidade de resposta está mais lenta em razão da perda de competitividade de nossos produtos e serviços, gerados por um gap imenso entre investimento e demanda, além da lentidão das respostas das medidas tomadas pelo governo. Entendo que o Brasil precisa construir uma política industrial sólida, que traga tranqüilidade em qualquer situação que ocorra nos ambientes interno e externo. A presidenta Dilma e sua equipe terão que  priorizar as questões ligadas a este ponto, sem protecionismo e sim focando a ótica da verdadeira essência das necessidades prementes da competitividade, e logicamente implementá-las como arma de competição e não como barreira, e assim, fortalecerá o  país para sair mais forte da crise.

O nosso mercado doméstico está perdendo as forças e este é o mais contundente

Sinal de que a crise se instalou aqui, e já está nítido que pode causar grandes estragos em vários setores de negócios, assim como na sociedade como um todo,

Haja visto a desmotivação para consumo e investimento que está visível em nossa economia. Se o governo não tomar medidas eficazes urgentes para neutralizar e reanimar a dinâmica dos negócios, o mercado vai ficar cada vez mais instável, e o setor bancário mais rígido na liberação de recursos, e então, pode potencializar o risco de uma retração mais forte do mercado interno e a acentuação da perda de competitividade no mercado externo.

N.R:

Em suma, o que está ocorrendo no mundo é um brutal ajuste macroenomico. O nosso país é jovem e forte, com plena capacidade para reverter o atual quadro. Precisamos fazer o dever de casa correto e aplicar os recursos públicos e privados em áreas estratégicas, e não perder o foco da competitividade, equilibrando investimento e demanda. A crise financeira ainda pode perdurar por um bom tempo, e que fique evidenciado, neste tipo de ambiente não existe espaço para amadorismo.

No resumo das questões colocadas acima, reafirmo o grito de “Fique Alerta Brasil”.

REFLEXÃO:

“ O capitalismo um nome infeliz, porque já se foi o tempo em que o capital industrial era fator de riqueza; agora, o fator crítico é o ser humano. O que morreu  foi o capitalismo do capital industrial, mas economia de mercado nunca teve um alcance tão grande: 7 bilhões de seres humanos, que acordam todos os dias conectados”.

Autor: Paulo Guedes, Ph. D pela University of Chicago, CEO da BR Investimentos.

UP-GRADE:

“O que Importa agora – como construir empresa á prova de fracassos, Autor: Gary Hamel”.

SINOPSE:

Este novo livro de Gary Hamel, um dos maiores pensadores da gestão em todos os tempos, nos fornece uma visão profundamente criativa das ameaças e oportunidades do século XXI. Hamel apresenta os fatores críticos de sucesso nesta nova era: basear-se em valores, inovar e adaptar-se com rapidez principalmente em ambientes em transformação e apaixonar-se pela liderança de pessoas, deixando de lado as técnicas de gestão tradicionais.

 

Hamel focaliza o lado humano da liderança, em lugar das habilidades convencionais. Ele fornece com clareza todos os conceitos e idéias de negócio difundidos nos últimos anos, entre os quais: criatividade, inovação, liderança, estratégia, globalização, meios de comunicação social, concorrência políticas públicas; e nos mostra como todas essas coisas estão interligadas em todos os níveis de gestão. O autor descreve os princípios fundamentais da administração do novo milênio, além de mostrar que a mudança começa com a gerência.
Trata-se de um livro indispensável para a construção de uma empresa pós-burocrática.


Prof.Wolgano N. Messias
Mestre em Finanças Corporativa
CEO do Instituto de Tecnologia Avançada em Gestão do ES – ITAG-ES

Consultor em Gestão.
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