Gestão: “A Matriz do Conhecimento II”. – 15/05/2012

 

Kick-off: ”As organizações estão vivenciando momentos de muitas dificuldades para entenderem a importância crucial do conhecimento para a perfeita prática da inovação, competitividade e produtividade. Este será o grande desafio que norteará o dia a dia de Governantes e CEO’S, pois estamos migrando de um modelo de Gestão previsível para um modelo de Gestão no qual a condicionante é a instabilidade”. Wolgano N. Messias.

Quando aprofundamos as pesquisas sobre a matriz do conhecimento nas organizações deparamos com a triste realidade de que não se faz quase nada com as informações disponíveis, notadamente com volume disponibilizado pela WEB. Isto denota a falta de metodologia dentro das organizações, visando à capitação e tratamento dos dados para posterior utilização na capacitação dos gestores, além de fortalecer a cadeia de valor no sentido de responder com agilidade e com qualidade aos estímulos e as oportunidades sinalizadas pelo mercado.

Diante da disponibilidade de base de dados, ferramentas e o senso de urgência que a competitividade mundial materializa a cada segundo no cenário de negócios, a gestão do conhecimento hoje é uma necessidade de primeira grandeza. Qualquer empresa de grande porte ficaria envergonhada de admitir a total fragilidade em seus sistemas, onde ainda perpetua versões totalmente desatualizadas em relação ao atual mundo onde as informações estão disponíveis dentro e fora de seus ambientes, principalmente nas comunidades online.

É claro que existem algumas corporações que já utilizam ferramentas adequadas, que viabilizam iniciativas positivas, tais como compartilhamento de conhecimentos, utilizando a internet e aplicativos de gestão do conhecimento, criando um verdadeiro reservatório de informações. Posso afirmar que embora existam ações isoladas em algumas organizações, é patente a falta de visão para aplicabilidade na melhoria da gestão.

É importante que os CEO’s das organizações percebam a grande razão da implementação de uma sólida gestão do conhecimento, qualificando suas estruturas de sistemas de informações, visando bloquear aqueles alimentadores que por ventura tragam elementos que possam confundir decisões importantes e, além disso, utilizar uma forte base de criticidade para diferenciar o modismo do verdadeiro e profundo conhecimento. É preciso revisar periodicamente os modelos de negócios e as ferramentas tecnológicas, não esquecendo do essencial que é uma refinada formação para os gestores.

Enfim, as nossas análises demonstram de forma patente que as melhores práticas corporativas estão longe de ser universais, mesmo sendo universalmente reconhecidas como “as melhores”. É preciso mudar, o mundo da competitividade mundial não tolera erros.

ROLL CALL:

“Inovar por si só não funciona como salvo conduto em um mundo caracterizado por incertezas e caos; muito mais relevante do que isso é a capacidade de conferir escala as inovações e adicionar disciplina à criatividade”.

Autor: Jim Collins

OVERVIEW:

O cenário mundial ainda está bastante conturbado em razão das indefinições da Europa e o crescimento lento dos EUA. Entendo que o posicionamento do governo alemão colocado para os lideres europeus, notadamente o francês, é de extrema relevância para que haja uma recuperação sustentável e que seja inserida uma cultura permanente na gestão de uma sólida  política  econômica.

O grande problema da Europa reside na exaustão do arsenal de políticas econômicas, é como se estivesse viajando sem levar os acessórios do veículo. Outro problema que reputo sério foi à metodologia utilizada para união européia feita de forma incompleta, onde se considerou os processos monetários e alfandegários, esquecendo-se dos fiscais. A situação é extremamente complicada, visto que o nível de endividamento é insustentável. Dentro do arcabouço de políticas de correção para ajustar as economias do bloco, será necessário uma rígida lei de responsabilidade fiscal, como a que foi feita com os estados no Brasil entre 1999 e 2000.

Já os EUA têm uma situação menos preocupante e desconfortável, embora o risco de recaída na crise seja relevante, uma situação nada desejável por todos.

No caso do Brasil, embora os indicadores sejam bons, recomendo cautela, pois todo cuidado é pouco quando nos inserimos no cenário econômico internacional. Vejo a nossa economia ainda muito fechada, e com certeza descolada de forma moderada dos efeitos da crise internacional. Descarto inteiramente a hipótese do descolamento total, e uso como argumento para sustentação a desaceleração de nossa economia no final de 2011. Quero deixar claro que não vejo o ano de 2012 com bons olhos; o cenário inspira muito cuidado.

N.R:

O governo brasileiro necessita de uma gestão firme para sustentar os indicadores conjunturais que realmente são bons, a título de exemplo, podemos ressaltar a composição mais justa da pirâmide da riqueza nacional com avanços das classes C e D, incorporando cerca de 40 milhões de brasileiros nos últimos anos. No mês de março o índice de desemprego estacionou em 6,2%, considerado o mais baixo, desde 2002. A massa de rendimentos aumentou substancialmente com um desempenho perto de 7,0%. Afirmo sem constrangimento, que qualquer país com estas sinalizações positivas estaria comemorando.

Tudo é muito importante no front interno, porém não podemos esquecer o front externo, onde residem realmente os maiores riscos sistêmicos e econômicos.

Obs. Realmente somos um país no composto dos emergentes, com maior potencial de materialização das oportunidades e realizações de grandes negócios.

Obs. Embora tenha colocado as mãos em um vespeiro que é o mercado financeiro, o governo passou a  tratar com rigor o Spread (Lucro) bancário, que vergonhosamente está em torno de 34,0%, no Brasil, estando na contramão da maioria das políticas praticadas nesta área no mundo inteiro. Com certeza, dará uma grande contribuição na civilização dos preços, juros e inflação. Começamos a ver a chancela da identidade da nossa presidenta.

No resumo das questões colocadas acima, reafirmo o grito de “Fique Alerta Brasil”.

REFLEXÃO:

“O futuro é imprevisível; então, a estratégia terá de mudar, mas as companhias podem construir capacidades únicas que forneçam uma base estável para novos produtos e serviços e que as ajudem a navegar na mudança”.

Autor: Michel Cusumano, especialista em Estratégia e Desenvolvimento de produtos nos setores de software, automóveis e eletrônicos de consumo, Professor Emérito de Gestão da Sloan School of Management, do Massachusetts Institute of Technology(MIT).

UP-GRADE:

“Vencedores por Ação”.

Autores: Jim Collins e Morten T. Hansen

SINOPSE:

Em Vencedoras Por Opção, Collins e Hansen estudaram companhias que alcançaram o sucesso em cenários caracterizados por mudanças bruscas que os gestores não podiam prever e nem controlar. Depois, compraram o desempenho dessas empresas com o de outras que não tiveram sucesso neste mesmo mercado. Os Resultados do estudo foram surpreendentes: os líderes das empresas de sucesso não assumiram mais riscos e não foram mais visionários ou mais criativos que os das empresas do grupo comparativo; eram, sim, mais disciplinados, empíricos e paranóicos; a inovação em si não é um triunfo num mundo caótico e incerto; mais importante é a competência para dosar a inovação e mesclar criatividade com disciplina; seguir a máxima segundo a qual liderar em um “mundo veloz” requer “decisões e ações rápidas” é assinar a própria sentença de morte; as “empresas vencedoras” reagiram às mudanças radicais do mundo com menos mudanças que as do grupo comparativo. Este é um livro contestador, bem pesquisado, edificante. A Dupla Collins e Hansen mostram de forma convincente que, mesmo num mundo caótico e incerto, o sucesso é uma opção e não apenas um golpe de sorte.

Uma boa semana!
Prof. Wolgano N. Messias
Doutorando em Sociologia Econômica
CEO do Instituto de Tecnologia Avançada em Gestão do ES – ITAG-ES

Consultor em Gestão e Membro do NUEAGEM ( Núcleo de Estudos Avançados em Gestão e Empreendedorismo da Faculdade Novo Milênio-VilaVelha-ES.)
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