Quer ser Síndico? – 15/07/2013

 

 

 

 

 

 

por, Maria Rita Sales Régis

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Nos últimos dois meses o Brasil passa por centenas de situações que resgata do povo a voz emudecida com inúmeros cala boca. Entrei em conflito na hora de privilegiar um tema. Do que falar? Da maioridade penal, da manifestação, do Ato médico, do Drama médico, do plebiscito, da reforma política, mas como meu saber evoca seres humanos prefiro falar do tempo que passa pela vida das pessoas, ou das pessoas que correm passando pela vida como um síndico a observar todos os moradores usufruindo da área comum.

Nosso país um grande condomínio com diversidade de lazer, áreas privilegiadas para contemplar e até brincar na natureza, relaxar, plantar, colher, viver, acessar, descobrir…

São muitos os cantos e recantos de verdadeiro esplendor, mas uma pergunta não quer calar, você cuida bem desta área comum?

Pagar o IPTU, a conta de luz, água, o aluguel, as taxas, impostos é o que nos cabe enquanto moradores deste novo condomínio. Quero discutir contigo leitor, leitora as duas faces que contemplo neste tema: a primeira quando o condômino cumpre todas as suas obrigações, preserva seu espaço e elegem Síndicos verdadeiros crápulas para encaminhar e defender seus interesses, mas que acaba lesando o caixa, aplicando o capital em prol do seu próprio bem estar; a segunda quando o Síndico é um ser que respeita, produz boas soluções, economiza, faz investimentos que valorizam seu imóvel e o condômino é o esperto (destaque para o es no sotaque), dá nó, não paga, desrespeita as normas de conduta e convívio e para tornar-se inesquecível deprecia e estraga o patrimônio, estes por acaso são os mais insatisfeitos e reclamões.

Mas vamos lá, depois de tanta analogia pensemos no Brasil, como cuidamos do nosso espaço, nosso mais moderno e pitoresco lugar de viver?

Já é sabido que os síndicos que elegemos, não na totalidade, mas na maioria, militam em favorecimento próprio, esvaziam os cofres da união, dilapidam o patrimônio, não protegem a preservação das pistas (arquitetura, peças, jardins, casarios), do cine Belas Artes, por exemplo, esquina com a Avenida Paulista, o centro de Vitória no ES, enfim tantos e inúmeros lugares que relata sem disfarce o quanto nossa história revela de cada um de nós.

O passado para o nosso povo é pouco significativo, representativo e isso é dar um tiro no pé da nossa cultura miscigenada com sabores de vários continentes.

Somos indubitavelmente um povo privilegiado, no nosso lugar de várias opções e cuidados mil. Cuidemos então do nosso acolhedor e luminoso canto.