A VOZ DAS RUAS – 11/07/2013

Os rececentes acontecimentos envolvendo a população saindo em massa às ruas para reinvidicar direitos que há muito tempo estavam esquecidos ou enclausurados pela classe política, que enxergavam somente o próprio umbigo, deixou perplexo não somente os governantes, mas todo o Brasil, nas mais variadas camadas da sociedade.

O clamor que começou com uma pauta única no chamado “passe livre” na verdade foi somente o gatilho para disparar uma nova agenda, muito mais complexa e difusa, com milhoes de pessoas aderindo e reinvindicando direitos, os mais variados possíveis, com cartazes, faixas, banneres, etc como se fosse uma orquestra sinfônica com varios instrumentos, resultando em uma melodia de sentimentos ou descontentamentos de uma forma lúdica, em que o poder dominante esforçava-se por entender o sentido do jogo.

A Visão destes acontecimentos,  nos traz a memória a figura de “Zaratrusta, em Assim falou Zaratrusta, do filósofo alemão Nietzsche, 1883″ que sugere a frase o -  Homem deve ser superado – o homem neste caso, é a multidão e seus medos, a zona de conforto o conformismo, tudo isto foi superado pela aspiração maior, a mudança do “status quo” a democracia não está estática ela é dinâmica, a multidão percebeu isto e levou esta bandeira às ruas.

Mas este discurso ainda parece soar estranho aos ouvidos e olhos dos governantes, que acenam com mirádes de promessas e parecem fazer o contrario. O despertar de um povo para um objetivo comum vem acontecendo em vários lugares do nosso mundo globalizado. As redes sociais como instrumento para convocação e deliberação, surgiu como fato gerador da insatisfação popular. Seria isto um novo fenômeno que poderiamos classificar como “Vozes na nuvem” em que toda informação reunida para o pleito encontra-se na nuvem ou seja na rede.

Seria isto o fim do contrato social ou a morte do “Leviatâ” tal como preconizou Thomas Hobbes, em que o Estado teria a forma deste grande monstro por seu poderio e força e protegeria o homem, consolidando as bases do contrato social, eliminando assim o estado de natureza, conforme asseverou o grande contratualista Rousseau? Entretanto, o que se vê nas ruas é uma multidão lutando por uma transformação da sociedade, como que ansiando para que este contrato social possa ser revisto e atualizado. A isto, resultará no fortalecimento das instituições e a democracia.

As vozes estão ecoando,  no entanto, a figura de um maestro se torna inevitável para poder organizar gritos e instrumentos dispersos em melodiosa harmonia. Como exemplo; “The song of joy – 9ª sinfonia de Beethoven”. Quer seja governo, oposição ou algum agente político com agudeza de espirito e sutil percepção do momento, possa de forma racional canalizar estes sentimentos difuso em energia produtiva e igualdade social, de maneira que o pais continue a seguir sua banderia de ordem e progresso.

 

Dados sobre o autor:

 

 

Paulo S.Silvano Oliveira

Graduado em Direito

Extensão em Direito marítimo

Empresário da navegação (onshore, offshore e longo-curso)

“Expertise” em portos – tendo atuado por 10 anos em portos da VALE.

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