Gestão: “ Educação e Negócios – Um manancial de equívocos.” – 16/03/2013

Kick-off: ” O alto padrão de qualificação da mão de obra exigido pelas organizações está em uma escala ascendente, colidindo com o ensino caótico praticado em quase todas as instituições de ensino mundial. É importante observarmos que a destruição de talentos começa nas instituições de ensino e posteriormente corroborada pelas empresas, que não demonstram nenhum interesse em minimizar os efeitos do entorpecimento sofrido pelos incautos alunos durante o tempo em que ficaram nas universidades.” Wolgano N. Messias.

É de inteiro conhecimento de todos(governos, educadores, empresários e outros), que para atender esta nova realidade de mercado, será necessário uma profunda revolução nos processos de ensino praticados atualmente, inclusive eliminar as avaliações padronizadas e medíocres a que os alunos são submetidos, ou seja, um verdadeiro festival de faz de conta. Sabemos que produtividade, competitividade, inovação e criatividade, é uma utopia sem uma Educação verdadeira, e o nós brasileiros estamos  desclassificados quando o quesito é educação, estamos de mal a pior. E o governo o que tem feito para reverter esta situação alarmante? É muita conversa e pouca ação. Para ilustrar bem esta abordagem, vou relembrar que nos anos 1920, H.G. Wells, escritor inglês de ficção científica, dizia: ” A civilização está em uma corrida entre a educação e a Catástrofe.”

Durante muitos anos as empresas partiram do pressuposto de que, ao serem formalmente instruídas, as pessoas teriam as habilidades, aptidões e competências de que os negócios precisam. As famílias, por sua vez, também presumiam que uma vez formados, seus filhos seus filhos teriam emprego e renda. Puro equívoco, pois essa relação  entre negócios e educação está rompida; nós eliminamos talentos.

Estes questões que coloco acima são extremamente ruins para um momento de muitas incertezas e riscos, onde entendo que educação e negócios precisam caminhar juntos, se é que entenderam os sinais emitidos por este novo mercado que não será o mesmo de ontem, ou seja, ninguém pode afirmar que nunca mais seremos estáveis. Porém é consenso dos analistas, que o novo normal terá mudanças constantes e profundas, requerendo dos negócios pessoas qualificada, flexibilidade, competitividade e gestão de alto nível. Estes quesitos serão cobrados em todos os setores de atividades do planeta.

Enfim, a essência está no sentido de criar um ambiente onde as pessoas se sintam confiantes para tentar, só assim, novas idéias surgirão e começarão a florescer. Por exemplo, a inovação, assim como a educação, é um processo orgânico, não mecanizado. Consiste em dar as pessoas um senso de inspiração, de possibilidades, de encorajamento e, principalmente, de permissão. Agora imaginem os resultados fabulosos se negócios e educação agissem em perfeita sintonia, além do apoio do governo que no caso do Brasil é extremamente omisso.

ROLL CALL:

“Hierarquia serve a quem busca eficiência e Status quo, mas não se surpreenda se não houver inovação nesse ambiente. Inovação requer múltiplas lideranças, não uma única, como ocorre com a hierarquia.”

KEN  ROBINSON

OVERVIEW:

O contexto político, econômico e social mundial, não apresentou sinais importantes que pudéssemos entender como indicadores de melhorias, porém foram acrescentados outros tais como, a debilidade da Argentina, a crise política entre as Coréias, além do gap entre os direcionadores do Obama e do congresso americano, inclusive esfriamento do tão comentado acordo entre os Estados unidos e a União Européia. Volto a frisar que os próximos 3 anos serão cruciais para definição dos benefícios e malefícios a que estarão sujeitos a humanidade.

Diante da desafinação entre o discurso do ministro Mantega e da presidenta Dilma, podemos concluir que existe um labirinto onde todos estão inseridos sem saber muito o que fazer diante de tantos problemas domésticos e de âmbito externo. A inflação está  bastante saliente, ultrapassando o teto da meta quando anualizada com base em fevereiro, chegando próximo de 6,8%, sustentada pela precificação antecipada de preços praticados por alguns setores de nossa economia, que estão confusos com tantos sinais difusos emitidos pela equipe do governo, que poderá levar ao aumento da Selic antes da sinalização feita pelo Copom em sua última reunião, além do ensaio mundial de uma guerra cambial para proteção de mercado. É uma incoerência em vários sentidos este apego de nosso governo aos combalidos países do MERCOSUL que não acrescentará grandes coisas a nossa balança comercial, e a relutância em fazer acordos com países dos blocos ricos que poderão trazer substancias ganhos e visibilidade internacional.

O novo mapa da industrialização nacional está demonstrando uma migração das indústrias para região centro-oeste, deixando as regiões tradicionais como São Paulo e Rio de Janeiro em busca de um ambiente menos hostil e de possibilidade de uma geração de caixa melhor. Entendo que seja um movimento importante, porém o mais importante é o nosso parque industrial alargar o foco em direção ao mercado internacional, promovendo uma competente prática de gestão no sentido de investir em pessoas, produtividade, qualidade e assegurar a competitividade, além da inteligência analítica.

É relevante pontuar o desempenho da nossa safra agrícola 2012/2013, que superou a de 2011 em 10,5%, representando um alívio momentâneo para inflação e balança comercial, ativando a economia, impulsionando as vendas de caminhões e máquinas agrícolas, enfim algo positivo. Além disso, um grande tesouro e ao mesmo tempo problema, é uma das maiores reservas de petróleo do mundo, o Pré-Sal, que exigirá até o final desta década um investimento gigantesco de US$ 400 Bilhões. Para termos uma idéia em sua cadeia bilionária de negócios já participam a GE, Líder Aviação, 3M, Helibras, Prysmian e Rolls-royce, ganhando dinheiro. Já passou da hora do governo olhar para Petrobrás, e entender que como qualquer outra empresa séria do mercado mundial precisa gerar recursos para serem utilizados no cumprimento de metas e sustentar seus investimentos, além de assegurar sua competitividade no mercado internacional.

N.E: Estou muito preocupado com o cenário que vejo para nossa economia, a continuar as questões de riscos como o viéz de alta da inflação, a inquietação mundial com o cambio, excesso de gastos públicos e a falta de sintonia da equipe do governo, aliados a falta de condições do Mantega de continuar a frente do ministério da fazenda. Entendo que pelo menos três medidas terão que ser tomadas a curto prazo: aumento da taxa básica de  juro, corte dos gastos públicos e controle do cambio. A presidenta precisa planejar de forma competente o nosso país com ações que visem o longo prazo e diminuir a visão de curto prazo, ou seja, colocar o país na rota dos grandes competidores internacionais, contemplando inclusive acordos com blocos ricos que possam trazer novos horizontes para nossa balança de negócios. O pré-Sal poderá trazer muito poder de negociação.

No resumo das questões colocadas acima, reafirmo o grito de “Fique Alerta Brasil”.

REFLEXÃO:

“Simplifiquem tudo. E mudem. E gastem pelo menos 10 minutos todos os dias pensando em como mudar seu negócio.”

RAM CHARAN, especialista em Estratégia.

UP-GRADE:

Livro: DNA DO INOVADOR – Dominando as 5 habilidades dos inovadores de Ruptura.

Autor: Dyer, Jeff; Gregersen, Hall B; Clayton M.

HSM – EDITORA

SINOPSE:

Depois de entrevistar fundadores e CEOs de algumas das empresas mais inovadoras do mundo — entre elas Apple, Amazon, Google e Skype —, os autores identificaram o comportamento dos maiores inovadores do mundo e descobriram as cinco habilidades que diferenciam os inovadores dos profissionais comuns: associar – questionar – observar – trabalhar em rede – experimentar. Em DNA do Inovador, os autores Jeff Dyer, Hal Gregersen e Clayton M. Christensen (eleito pelo Thinkers 50 o mais influente pensador vivo do management mundial) demonstram como qualquer pessoa pode desenvolver essas cinco habilidades, necessárias para se tornar um inovador de ruptura. O livro traz ainda um teste para você calcular o seu DNA inovador. A obra também introduz um novo conceito, o do Prêmio de Inovação. Por meio desse conceito os autores sugerem um novo ranking das empresas mais inovadoras do mundo e demonstram que só é possível aumentar esse prêmio com a criação de um código de inovação que oriente os funcionários, os processos e a filosofia da empresa. Prático e instigante, DNA do Inovador é fundamental para pessoas e equipes que querem fortalecer sua capacidade inovadora.

Prof. Wolgano N Messias
Mestre em Finanças Corporativa
CEO do Instituto de Tecnologia Avançada em Gestão do ES – ITAG-ES

Consultor em Gestão.
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