Gestão: “A Indústria brasileira e a armadilha da Competitividade .” – 30/06/2013

Kick-off: ” O modelo industrial brasileiro está vivenciando um momento bastante delicado, pois para alcançar os parâmetros exigidos pela alta competitividade do mercado mundial necessita praticamente de um redesenho da maioria dos designs e investimentos pesados na atualização tecnológica, para viabilização dos processos da cadeia de produtiva. E agora?” Wolgano N. Messias.

O nosso governo a todo momento emite sinais difusos para o composto de nossa economia. Em todos os sentidos as nossas indústrias estão sofrendo da incapacidade gerada pelas políticas equivocadas e protecionistas do governo, e em razão disso, está ficando fora do circuito competitivo mundial. Talvez fosse o momento de pensarmos em uma reformulação do nosso conceito e prática de industrialização, inclusive indicando os setores que seriam a ponta dessa reformulação, preservando as melhores práticas e padrões que já existem hoje.

Precisamos buscar um padrão mundial, o que exigirá uma maior utilização de tecnologia de ponta para produzirmos de forma qualificada os melhores produtos e serviços, com base em insumos e bens de capital de última geração, além de capacitação de pessoas para gerarmos uma produção de alta competitividade. O governo precisa sair das promessas e realmente criar critérios técnicos competentes e sem apadrinhamento, para que todos os empresários estejam em iguais condições de utilizarem as linhas de financiamentos disponíveis nos bancos de fomento oficiais e outros. É preciso ressaltar que os nossos empresários precisam retomar o espírito empreendedor e abandonarem a falsa zona de conforto oferecida pelo protecionismo do governo.

É preciso promover a real interação entre educação e negócios, visando realinhar os parâmetros das capacidades essências, onde com certeza teremos mão de obra mais focada e capacitada e em condições de atender a demanda latente existe hoje. Em meus dois últimos artigos, fui bastante enfático nessa questão, e sinceramente não consigo ver o equacionamento desse problema sem a participação efetiva do governo no apoio aos programas e a correta fiscalização do MEC, além do engajamento do empresariado em geral. Entendo que com essa perfeita conjunção de interesses produziremos verdadeiros talentos para somarem na qualificação de nossos produtos e serviços.

Enfim, é preciso alterar a lógica do pensamento e da prática industrial de nosso país, caminhar para o front da competitividade mundial sem nenhum constrangimento, produzindo produtos e serviços qualificados em linha com as exigências do mercado mundial, colocando a marca Brasil em seu merecido lugar. É preciso fazer mudanças profundas em nossa cadeia produtiva. O nosso governo e os nossos empresários precisam acordar para nova realidade do mercado mundial, onde vemos os EUA e a União Européia arquitetando um acordo de mercado, que movimentará cerca de US$ 31,5 trilhões, além da China fazendo movimentos de mercado com uma visão interna profunda e uma agressiva metodologia de competir no mercado mundial. Se não reformularmos essa visão míope de mercado que nutrimos hoje, será impossível surfarmos nessa nova onda de oportunidade e desafios.

ROLL CALL:
“ Transformações radicais serão as responsáveis pelas mudanças previstas em termos de habilidades. O movimento na direção de um mundo computacional está convertendo o planeta, como um todo, em uma sobreposição de sistemas programáveis. Ligado a isso, está o uso da tecnologia social, que vem gerando novos modos de produção e criação de valor. Já estamos vendo os primeiros protótipos de “ organizações superestruturadas”, que vão além das formas e dos processos básicos a que estamos acostumados”.
Marina Gorbis é diretora-executiva do Institute for Future – Califórnia, Devin Findier é colaborador do Tecnology Horizon Program do Institute For Future.

OVERVIEW:

O cenário do nosso país que já estava caótico nas questões econômicas, complicou-se com o acréscimo das questões sociais e políticas. A voz do povo que está na rua, a princípio parecia dispersas e sem propósito, mas no fundo tem uma forma bem definida e direcionada que podemos traduzir em profundas mudanças e exigindo um basta nos desmandos e abusos de um governo centralizador que não aceitava negociar. Podemos ver de tudo um pouco no contexto do clamor da massa, mas um grito é mais forte, é preciso eliminar o processo de injustiça implantado no Brasil.

Desse movimento que segue sua marcha, já podemos dizer que existe uma constatação de indignação com indicadores de competitividade, transparência, performance na gestão do dinheiro público, compartilhamento, governança corporativa, competência e qualidade na escolha de parceiros internacionais. Posso afirmar que a massa está exigindo uma gestão competente, que gere um excelente retorno em benefícios para sociedade, que está cansada de investir sem resultados. Os nossos governantes precisam parar de alegar que para fazerem o certo, é preciso cortar investimentos, pois todo povo brasileiro já conhece esta retórica antiga. Quando na verdade somente precisam estancar esse uso inapropriado do dinheiro público para enriquecer uma pequena parte de pessoas sem escrúpulos. É preciso continuar a marcha ordeira e sem violência, é necessário acabar com a cultura desonesta da gastança sem transparência e do desvio crônico do dinheiro público.

O momento é muito grave, visto que temos um quadro macroeconômico extremamente sério, onde a inflação, câmbio e juros, além da divida pública, são variáveis que estão fora do controle do governo. No caso da inflação, o nível de dispersão dos itens contaminados pela precificação inercial é grande, e não vai ceder com artifícios tais como, divulgação de índices maquiados e promessas impossíveis de equalização. O câmbio nesse momento é outra questão muito séria que poderá ser agravada com a nova política monetária que será adotada até 2015, pelo FED (Banco Central) do governo dos EUA, retirando uma parte dos trilhões de dólares colocados no mercado americano. Além disso, entendo que a utilização da taxa de juros, como instrumento de política monetária, não vai gerar nenhum resultado positivo. É preciso ficar atentos, pois a maioria das bolsas de valores do mundo já está sendo afetadas, inclusive a nossa.

Fechando este cenário, gostaria de sugerir que o nosso Governo central tenha lucidez e deixe o egocentrismo de lado, e comece urgentemente uma discussão com a sociedade, analistas, poderes constituídos municipais, estaduais, Federais sobre: Reforma política, Financeira, Tributária, Cambial e Administrativa, inserindo nesse contexto a Educação, Saúde e infraestrutura. Não acredito que soluções mágicas e paliativas, resolverão os nossos gargalos, que estão sempre emperrando a nossa caminhada em direção real desenvolvimento com sustentabilidade estrutural. Este é o resumo das manifestações que estão ecoando nas ruas de nosso país. A presidenta sabe que o tempo é o seu maior inimigo. É uma questão de priorização e competência.

N.R* Quero deixar claro para os investidores internacionais que visam retornos de longo prazo, o Brasil continua possuindo um manancial de potencialidades, que com certeza não deixarão de existir em razão de transtornos de governabilidade.

No resumo das questões colocadas acima, reafirmo o grito de “Fique Alerta Brasil”.

REFLEXÃO:

“ O mundo exige resultados. Portanto, não fale sobre as dores do parto, apenas mostre o filho.”
Autor: Indira Gandhi ( 1917-1984 ), Estadista e Política Indiana.

UP-GRADE:
Livro: “ Feitas para Servir”
Autor: SANDERS, DAN J.

SINOPSE:
‘Empresas Feitas para Servir’ visa mostrar que o segredo do sucesso duradouro está na busca por um objetivo maior, na valorização das pessoas e na criação de uma cultura de serviço. Segundo a obra, os líderes devem se perguntar a cada dia o que estão fazendo por seus clientes, seus funcionários e sua comunidade. Eles precisam superar a visão que se baseia apenas em números e lucros imediatos e criar uma cultura de pessoas, comprometida com elas e voltada para atender suas necessidades. Neste livro, Dan J. Sanders compartilha sua experiência e apresenta os casos de organizações de bom conceito. São exemplos que buscam despertar o desejo de aprender mais sobre as culturas que permitiram a essas organizações se tornarem empreendimentos rentáveis e de impacto positivo sobre a sociedade.

Prof. Wolgano N Messias
Mestre em Finanças Corporativa
CEO do Instituto de Tecnologia Avançada em Gestão do ES – ITAG-ES
Consultor em Gestão.
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