Gestão: “A Ciência está reformatando a competitividade IV”. – 18/01/2012

Kick-off: ”Já venho a algum tempo alertando a empresários, governos, executivos, professores e outros, acerca da grande mudança pela qual passaríamos em razão da nova geografia econômica e do ambiente de alto impacto de um mercado altamente reconfigurado e extremamente competitivo. É fato, estamos no momento de alto refino da qualitividade, onde as pessoas e a informação farão a grande diferença. A partir de 2012, tudo será diferente”. Wolgano N. Messias.

A geografia e o ambiente da competitividade mundial mudaram  radicalmente. Os nossos estudos estão indicando novas varáveis que serão essenciais, onde o talento será o grande diferencial. Podemos afirmar que nos últimos 5 anos os parâmetros e os competidores são outros, requerendo uma revisão profunda na modelagem de negócios. É notório, a substituição dos mercados maduros da Europa e da América do Norte, pelo furor com que surgem os países emergentes. Em razão disso, as necessidades e competências são extremamente diferenciadas, além da demanda, logo podemos deduzir que os negócios que conviverão com estes novos participantes, neste novo mercado, deverão desenvolver novos modelos de negócios, mais ágeis e competitivos.

Estamos vivenciando o término de uma geração e o começo de outra( nascidas em 1980 ), com exigências e vulnerabilidades diferentes, onde os que estão entrando trazem expectativas e ambições bem diferentes. Entendo que esta questão é bastante complexa, principalmente no tocante a requalificação da geração anterior e a preparação do ambiente para recrutar, receber e conviver com o senso de urgência dos jovens, criando metodologias para harmonizar e aferir os conflitos que com certeza irão surgir naturalmente. Já estamos sinalizando as dificuldades que as organizações vivenciarão, principalmente nas questões ligadas às competências comportamentais.

É importante frisarmos que na medida em que as empresas expandem suas relações comerciais para o mercado global, a concorrência por recursos humanos, principalmente no nível executivo, são riscos que ameaçam  a continuidade da execução do planejamento de crescimento, caso haja perda de pessoas qualificadas.

A competitividade de alto impacto global está emitindo sinais de que haverá falta de mão de obra qualificada,  nos países chamados emergentes, inclusive o Brasil. Estamos caminhando para uma crise de empregabilidade, onde existe uma grande oferta de pessoas e uma oferta reduzida de mão de obra qualificada. As empresas precisam urgentemente requalificar seu quadro de pessoas e buscar no mercado pessoas com potencialidade para uma eventual substituição ou até mesmo um deslocamento para fora de suas origens.

Enfim, sugiro que as empresas façam um redesenho das operações de seus negócios, revisem estratégias e até plataformas tecnológicas, visando ações globalizadas, onde as pessoas sejam requeridas mais no âmbito estratégico, com maior concentração na criação de valores.

ROLL CALL: Administrar a inteligência coletiva em uma organização significa combinar as ferramentas, os métodos e os processos que permitam a conexão e cooperação das inteligências individuais para atingir um objetivo comum, cumprir uma missão ou concluir uma tarefa, ou seja, montar um sistema destinado  a administrar o fluxo de conhecimento orientado a cumprir metas organizacionais. Autor: Pierre Lévy.

OVERVIEW:
O mundo está iniciando o ano de 2012, que não deverá ser em nada melhor ao de 2011, carregando uma imensa preocupação com a crise da zona do euro. O Banco Central europeu emprestará a 523 bancos da União Européia o montante próximo de 500 bilhões de euros, cobrando juros de 1% ao ano, visando dar uma dinâmica maior ao mercado. Sinceramente, entendo que esta crise ainda vai se arrastar por mais um ano, trazendo desconforto para muitos neste período. A saída terá que ser fruto da união de todos os países deste continente, onde necessariamente deverá haver renuncia de poder e vaidade, o que será extremamente difícil.

A recuperação dos Estados Unidos, o desempenho dos emergentes, poderá ser um ponto a favor da economia da zona do euro, podendo dar maior fluidez ao fluxo comercial, embora remota, não podemos descartar esta possibilidade. Os americanos estão no oba a oba do processo eleitoral, porém fica visível que Obama não tem adversário. Este com certeza será o melhor desfecho para alavancar a retomada da economia do país.

No Brasil, a presidente está tentando criar uma simetria entre meta de inflação, juros e crescimento. Todos sabem que para realização deste intento, teremos que fazer um dever de casa muito complexo, que é uma reforma fiscal profunda, o que sinceramente não vejo coragem política deste governo, pois com a incompetência e os interesses espúrios de  políticos  viciados, vai ser preciso ceder ou dizer não a muitas propostas imorais. A sexta economia do mundo precisa eliminar muitos pontos vulneráveis existentes hoje, tais como infra-estrutura, saneamento, saúde e principalmente a educação, para sustentar este avanço. O nosso país ostenta um PIB de US$ 3 trilhões, além de uma reserva cambial considerável, contituindo-se em um sinal de que passou da hora de eliminar os nossos pontos fracos. Logo, alerto os brasileiros no sentido de não esperarem muito do ano de 2012, pois será um ano de muitos embates e ajustes, visando blindar a nossa economia para suportar os solavancos que por certo produzirá a crise da zona do euro, contemplando ainda uma possível desaceleração da economia da China.

Em síntese, posso afirmar que embora tenhamos que vivenciar situações complexas, o nosso país está com os fundamentos econômicos controlados, porém haverá a necessidade premente de uma pilotagem competente e lúcida, visando evitar o efeito surpresa.

No resumo das questões colocadas acima, reafirmo o grito de “Fique Alerta Brasil”.

REFLEXÃO:
“A VERDADEIRA JORNADA DA DESCOBERTA NÀO CONSISTE EM BUSCAR NOVAS PAÍSAGENS, MAS EM TER NOVOS OLHOS”.
AUTOR: MARCEL PROUST (1871-1922).

UP-GRADE:
“COMO OS GIGANTES CAEM”, Ed. Campus/elsevier, 2010.
Autor: JIM COLLINS

SINOPSE:
Resultado de anos de pesquisa e estudos, este livro revela como grandes corporações falham e quais são os estágios desse declínio. A obra traz também elementos importantes para reflexão: o declínio pode ser percebido e evitado com antecedência? Até onde pode falhar uma companhia antes que o caminho se torne inevitável? As empresas podem reverter esse trajeto? Ao confrontar essas e muitas outras perguntas entre elas: o que aconteceu na empresa para o declínio se tornar visível, e o que a empresa fez quando começou a cair e o que podemos aprender ao estudar o contraste entre o sucesso e o fracasso, Collins esboça um panorama pouco comum para o seu trabalho, a partir do qual analisa o fracasso de grandes empresas, e não o sucesso. A principal conclusão de Collins é que não importa o quão bem-sucedida uma empresa é ela sempre pode cair e em alguns casos, desaparecer por completo. A boa notícia da é que mesmo empresas em estágio avançado de decadência podem se recuperar.

Uma boa semana!
Prof. Wolgano N. Messias
Doutorando em Sociologia Econômica
CEO do Instituto de Tecnologia Avançada em Gestão do ES – ITAG-ES
Consultor em Gestão e Membro do NUEAGEM ( Núcleo de Estudos Avançados em Gestão e Empreendedorismo da Faculdade Novo Milênio-VilaVelha-ES.)
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