Mulher aonde é que você NÃO ESTÁ? – 09/03/2013

 

 

 

 

por, Maria Rita Sales Régis

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Mulher aonde é que você NÃO ESTÁ?

Ao longo das últimas cinco décadas, o crescimento da mulher enquanto força de trabalho no mercado foi progressiva e intermitente. Por outro lado, esta representante do gênero “frágil” consolida, passo a passo, suas conquistas e amplia seus espaços em todas as direções e segmentos de atuação.

Este redesenho social deve-se, sobretudo, aos aspectos econômico e cultural de uma sociedade, que tem em si, ainda, o entalhe dos papéis outrora exercidos, onde de um lado prevalece a força e do outro os dotes: arrumar, vestir, suprir, alimentar e aguardar.

A presença da mulher é imperativa, seja na família, na escola, na igreja, na prática desportiva, nos movimentos sociais. Mesmo assim, ela ainda não é representativa nas instâncias onde o poder é supremo. Desde a industrialização e a queima de soutiens como forma de marcar a modernidade e requerer a liberdade, a estrutura produtiva passa pela feminilização e traz em si o inesperado: a sobrecarga frente às diversas imposições.

Mesmo sendo mãe, amante, filha, amiga, aluna Ad infinitum, executiva ou assistente, é imperativo que a mulher sempre supere a si mesma. Esta é uma necessidade intrínseca de cada uma de nós que fazemos a vida acontecer dentro do nosso corpo.

Comprovada a competência, agregada ao senso de equipe, gentileza, sutileza para tratar confrontos, forma metódica e sistemática de trabalhar, além de sua capacidade de atentar para muitas direções, absorver inúmeros estímulos e fazer muitas coisas acontecerem, as empresas se esforçam para preservar a mulher em seus quadros.

Como dizer frágil um ser que concebe, espera nove meses ou escolhe não esperar, se transforma, se melhora, se supera? Como parir pessoas sem ser uma fortaleza? Como dizer vulnerável um ser que convive com a TPM, retenção de líquidos, susceptível à gravidade, ao impacto dos hormônios, a ausência por seis meses nas empresas para que seja presente nos primeiros meses daquele (a) que concebeu e pariu.

Tudo isto e algo mais se reduzem a pó quando se observa que, seu retorno, sua chegada faz o entorno se movimentar, se encaminhar, como em um passe de mágica que de mágica só tem a presença.

É mais que inteligente por parte dos grupos associados, instituições e empresários buscarem o que as agrada seja cruzeiros, perfumes, viagens para compras, final de semana em spa, creche dentro das empresas, MBA, imersão em idiomas, visitas técnicas nacionais e internacionais e para as que ainda não constituíram famílias, o desafio de implantar uma área, unidade de trabalho em outro país. Para as mães recentes, nada mais atrativo que atuar em casa (home office).

Hoje, observo que algumas mulheres sentem falta de poderem escolher ficar em casa, simplesmente contemplando os livros, seus filhos, dedicando seu tempo a coisas e afazeres que apreciam, se cuidando tão somente.

São em número ainda menor as que conseguem, com desenvoltura, transitar nos dois mundos sem prejuízo da sua identidade, dos seus interesses, da família quando para ela, é prioridade.

Na década de 90, realizei uma pesquisa no Nordeste brasileiro sobre estudo e formação de líderes. O dado surpreendente é que já naquela época, não tão distante, a presença das mulheres era maciça nos treinamentos, universidades e cursos de idiomas, enfim.

Isso significa que a mulher além de historicamente, ser o símbolo da sustentação da família, vem amparar toda esta magnífica estrutura que é a academia, o mercado de trabalho, essa troca de bens por unidade monetária com as competências únicas e peculiares ao gênero feminino.

Sábia por saber e praticar quando movida por sua vontade a doação, mobilização, construindo e alcançando resultados que são verdadeiros diferenciais competitivos na família, nas empresas e no mundo.