Gestao: “Desafio: Foco no setor público II” – 07/01/2011

Gestão: “Desafio: Foco no setor público II”

Kickoff: “A Gestão pública precisa ser levada a sério pelos governos e pelas intituições de educação, visto que, é plausível a ausência de conhecimento dessas instituições, que atuam em nosso mercado, pois não pesquisam e, portanto, não dominam as reais necessidades para formação e especialização de pessoas para melhorar a qualidade dos serviços prestados e gerir o patrimônio público com responsabilidade, visando atender aos anseios de seu legítimo patrão (o povo).” Wolgano Messias.

Em minhas pesquisas para aprofundamento nas questões essências da gestão, tenho colhido amostras com alguns gestores da área pública, e tenho observado que convergem as opiniões para dois pontos: a falta de interesse da maioria para educação continuada e uma forte crítica aos cursos de Graduação e Pós.

É notório, que o primeiro está diretamente proporcional ligado a falta de preparo do primeiro escalão do governo, principalmente, quando a questão é recursos humanos, sendo bastante lógico a desmotivação de funcionários dos órgãos governamentais, visto que, não existe nos planos de carreira do governo, nenhum ponto contundente sobre uma quesito fundamental que chamamos de meritocracia, incentivando as pessoas a se especializarem para desenvolverem competências essenciais, visando participarem com segurança e entusiamo desse processo.O  segundo, já abordei em várias oportunidades, que as universidades, faculdades e outros, ficam inventando cursos para aumentarem a oferta e renda, porém a grade desses cursos são pobres e sem fins específicos. Prometem muitas novidades no papel e nas publicidades espalhadas por este Brasil, e quando o incauto aluno recebe o produto, via de regra está defasado e fora totalmente das necessidades requeridas pelo mercado, e com certeza é muito pior em si tratando de gestão pública. Entendo que as entidades de ensino superior públicas e privadas, precisarão harmonizar o ambiente de produção de conhecimentos, para que o alunado, possa criar fazendo, exercitando de forma  sistêmica, a compreensão do conteúdo prático, a análise e a resolução de situações, principalmente para atender a área mais carente que é a do setor pública, necessitado que está de um grande choque de Gestão.

Dessas conversas pude depreender também, que falta bastante ao setor público de forma orgânica, um diferencial em gestão muito importante que é pensamento criativo, visando a continuidade de novos projetos, que na maioria das vezes são abandonados pela ignorância da descontinuidade política.

E posso afirmar com certeza, que enquanto houver o engessamento político na máquina governamental e a falta de prática nas escolas do pensamento criativo (imaginação, criatividade e inovação), na elaboração e execução de projetos, continuaremos assistindo situações bastante desagradáveis e arcando com um custo imenso oriundo de descontinuidades por interesses e pela falta de capacitação profissional na Gestão Pública.

Enfim, sabemos que a arrogância no poder público é intolerante e irracional, sem padrão ético nem noção de valor, e quando nós educadores ousamos oferecer uma especialização a mais dentro desse contexto, aparecem muitas dificuldades. Logo podemos seguir a linha de alguns filósofos, que afirmam que o homem quando está no poder, precisa de maior civilidade, senão torna o ambiente insuportável, impotente e incompetente, atingindo diretamente o ser humano, é assim que está o setor público, na maioria das esferas governamentais. É preciso mudar logo, e a educação tem um papel fundamental, nesse choque de cultura e qualificação da Gestão.

Overview:

Alertamos para o repique da inflação, a vulnerabilidade das contas externas e a taxa básica de juros, que o Copom manteve em 10,75%, além de outros ajustes que deverão ser feitos ao longo de 2011, pois não poderão ser mais postergados. O Ministro Mantega, já admite uma revisão profunda no PAC-2. O governo está chamando de “consolidação fiscal”, aquilo, que quando estudamos e praticamos Finanças, chamamos de reestruturação ou corte orçamentário. “A festa acabou Presidenta Dilma, na virada do ano o Brasil estará inteiramente em suas mãos, ostentando números positivos e a necessidade de um CEO de direito e de fato, que tome todas as ações fundamentais para assegurar a estabilidade e fomentar o crescimento econômico, sem populismo e com atitudes e postura profissional, liberte-se do Lula e construa uma marca própria, se é que faz parte de seu projeto mais um mandato”.

A economia interna está caminhando sem demonstrar nenhum ponto de fragilidade, ostentando indicadores internos em melhores condições que os apresentados pelos em todo mundo. É preciso, que a gestão pública seja voltada para fortalecimento dos pilares básicos de nossa economia, tais como, contas externas, taxa básica de juros, inflação e câmbio e uma real materialização do nosso instrumento maior de governabilidade, que é o orçamento da nação. Quero alertar a Presidenta, que a saúde e a educação, não estão em linha com o momento de avanço do país, um verdadeiro paradoxo. O que mais me assusta, são o descaso e a inércia, que assola nossos governantes, diante dos males maiores, e que fragilizam o próprio governo em sua estrutura que sustenta o desenvolvimento. É uma lástima a constatação do óbvio, o Governo só cisca em época de eleições, depois passa o tempo chocando.

Entendo que a estimativa de receitas e despesas, que foi aprovada na virada do ano, não passa de um exercício de tentativa e erros, considerando que o planejamento nunca é cumprido à risca, porém, já nos oferece algumas pistas de como seguirá a gestão econômica do país, no exercício que se inicia, principalmente no bolsa família e no Programa de aceleração do Crescimento (PAC). Em verdade, ainda estou preocupado com nível de crescimento projetado, quando olho para o tamanho das questões a serem resolvidas internamente, principalmente os de ordem econômicos e sociais.

A economia internacional segue ainda com problemas a zona do euro, porém a nível geral tem demonstrado que está recuperando o seu potencial de crescimento, os EUA está no firme propósito de puxar a fila, e os asiáticos dando um verdadeiro exemplo, de crescimento com propósitos sérios e responsáveis. É preciso, que o nosso país tome todos os cuidados necessários com os movimentos econômicos de 2011, pois é visível, que o mundo caminharará a passos largos para a competitividade de alto impacto. Diante do exposto acima, firmo o grito de “Fique Alerta Brasil!”

Reflexões: “A reputação, definida como uma avaliação social é uma espécie de vestibular para o futuro da empresa.” (DOM STRATEGY PARTNERS –HSM – MANAGEMENY)

Sugestão Para Leitura: O Outro Lado da Inovação – A Execução como Fator Crítico de Sucesso, Ed. Elsevier/Campus, ano 2010, autor: Vijay Govindarajan e Chris Trimble.

Sinopse: Neste livro, Vijay Govindarajan e Trimble Chris revelam o que poucos (ou quase ninguém) conseguem fazer: como colocar em prática a inovação, uma iniciativa, um projeto simples ou até mesmo um grande empreendimento. Com conteúdo ao mesmo tempo prático e provocativo, o livro conduzirá você passo a passo através da execução do processo de inovação, de modo que suas “grandes idéias” não sejam apenas promessas. Não se trata de um livro sobre como ter idéias, mas, sim, de como executá-las no momento certo, com os recursos adequados e da melhor forma possível.

Uma boa semana!
Prof. Wolgano N. Messias
Doutorando em Sociologia Econômica
CEO do Instituto de Tecnologia Avançada em Gestão do ES – ITAG-ES

Consultor em Gestão
Tel.: (27) 3299-9588
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